Todos os dias somos expostos a situações que podem influenciar nosso humor positiva ou negativamente. Essa constante alteração acabou gerando uma banalização do termo bipolar.

Com esse post procuraremos abordar um pouco mais sobre o Transtorno Bipolar, apresentando seus principais sintomas e tratamentos disponíveis.

O que é o Transtorno Bipolar?

Também conhecido como Perturbação Afetiva Bipolar (PAB) ou Transtorno Afetivo Bipolar (TAB),  esta doença se apresenta na forma de perturbação psiquiátrica caracterizada pela acentuada de humor, com episódios de intensa depressão e outros de extrema euforia.

A Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP) estima que, pelo menos, seis milhões de brasileiros são afetados pela doença bipolar. E avaliam que o diagnóstico é difícil e pode demorar até 10 anos para ser concluído.

Isso acontece porque os sintomas podem ser confundidos com os de diversas doenças psiquiátricas

Dentre as possíveis causas, podemos apontar:

  • Genética;
  • Mecanismos neuronais;
  • Mecanismos intracelulares;
  • Mecanismos moleculares;
  • Mecanismos neurobiológicos.

Apesar de não ser uma doença hereditária, pessoas que têm familiares com transtorno bipolar têm 10 vezes mais chance de ter a doença. E no caso de irmãos gêmeos idênticos esse número aumenta para 40%.

Atualmente, podemos classificar o transtorno em seis tipos. Sendo três de acordo com os sintomas fundamentais da mania (fuga de ideias, euforia e hiperatividade) e três baseavam-se nos sintomas fundamentais da depressão (inibição do pensamento, humor depressivo e abulia).

  1. Mania depressiva ou ansiosa (depressive oder ängstliche Manie);
  2. Depressão agitada ou excitada (erregte Depression);
  3. Mania com pobreza de pensamentos (ideenarme Manie);
  4. Estupor maníaco (manischer Stupor);
  5. Depressão com fuga de ideias (ideenflüchtige Depression);
  6. Mania inibida (gehemmte Manie)

Uma pesquisa sobre os sintomas no transtorno bipolar, mostrou que os pacientes passavam 47,3% desse tempo com sintomas. As fases depressivas (31,9%) predominaram sobre as de euforia (8,9%) e os períodos mistos (5,9%).

Principais características dos períodos de mania e hipomania

É importante ressaltar que, apesar de representarem uma mesma “fase” do transtorno bipolar, mania e hipomania não são sinônimos para um mesmo quadro clínico.

Essencialmente, a principal diferença entre mania e hipomania é a intensidade com a qual elas se manifestam. Sendo a hipomania uma presença mais branda dos sintomas e mania quando os sintomas se mostram de maneira mais intensa com episódios de psicose, durante os quais o paciente pode apresentar delírios e alucinações.

Pessoas com hipomania podem apresentar 4 ou mais dos sintomas desta face do transtorno, mas de forma branda. Ou seja, sem incapacitar, ainda que momentaneamente, a pessoa com transtorno bipolar.

Apesar de em, alguns casos, pacientes com hipomania se sentirem mais funcionais, sem tratamento, este quadro pode evoluir para um quadro depressivo ou uma fase maníaca franca.

Os episódios maníacos são caracterizados por 7 sintomas. São eles:

  • Autoestima elevada ou grandiosidade;
  • Sensação de diminuição da necessidade de sono;
  • Falar muito rápido ou falar mais que o normal;
  • Pensamento muito acelerado;
  • Distração e dificuldade de manter o foco;
  • Aumento da atividade voltada para objetivos específicos (agitação psicomotora);
  • Envolvimento em atividades de risco, agir sem pesar as consequências (por exemplo: compras impulsivas, acordos de negócios envolvendo muito dinheiro, investimentos de alto risco).

É muito importante não confundir os sintomas com os traços da personalidade do próprio indivíduo. Para serem considerados como sinais de uma doença, eles devem se manifestar em uma proporção que não condiz com o comportamento habitual da pessoa.

Também devemos levar em conta a sua duração e causa. No caso da doença, a maioria dos episódios ocorre por um período de tempo considerável e não tem relação ao consumo de nenhuma droga por exemplo.

Principais características dos períodos depressivos e distímicos do transtorno bipolar

Já os períodos depressivos e distímicos podem levar a sintomas semelhantes aos da depressão. Sendo os períodos distímicos mais brandos e longos enquanto os depressivos mais intensos e com riscos de psicose, porém mais curtos.

Os episódios depressivos são caracterizados pelos seguintes sintomas:

  • Dificuldade em adormecer ou excesso de sonolência;
  • Aumento ou perda de apetite;
  • Período de constante desânimo;
  • Perda de Interesse nas atividades que antes proporcionavam prazer;
  • Sentimento de tristeza, vazio, desesperança ou irritabilidade;

Apesar de terem diferentes durações, os ciclos de depressão bipolar são capazes de trazer problemas no trabalho, na escola ou em atividades sociais e relacionamentos.

Alguns profissionais indicam que o momento dos episódios depressivos é o melhor para a sugestão de tratamento. Já que, durante os períodos de euforia, a pessoa dificilmente vai reconhecer aquilo com um problema ou algo que represente a necessidade de ajuda médica.

A depressão bipolar pode ser mais grave que a unipolar

A depressão bipolar é considerada a doença psiquiátrica que mais leva a morte por suicídio.

Pessoas que sofrem com o  transtorno bipolar depressivo podem ter episódios com duração de até 4 dias. Alternando o estado depressivo com os ciclos de mania.

É importante levarmos em conta que, mesmo sendo um tipo de depressão, o uso de antidepressivos no tratamento da depressão bipolar é arriscado e pode induzir a episódios de ciclos rápidos e mistos, que aumentam o risco de suicídio.

Em algumas exceções, os antidepressivos podem ser úteis. Por exemplo, quando associados a antipsicóticos atípicos. Mas é importante frisar que, apenas o médico especializado será capaz de prescrever o tratamento adequado para cada paciente.

Tratamentos para o transtorno bipolar

Transtorno bipolar é uma doença sem cura, porém o tratamento médico é essencial e garante a qualidade de vida para pessoas que sofrem com esse mal.

Um dos tratamentos mais comuns é o uso de estabilizadores de humor. Paralelamente, os cuidados psicológicos desempenham um papel importante e devem incluir a família do paciente. De acordo com a ABTB, o tratamento adequado reduz as consequências desagradáveis proporcionadas pela doença.

Também é fundamental que os pacientes compreendam que o Transtorno Bipolar demanda cuidados constantes e mudanças de hábito como, por exemplo: ter padrão regular para dormir (privação de sono é grave no transtorno bipolar) e evitar substâncias com ação no cérebro, como cafeína em excesso, álcool, drogas etc. Além de atenção com questões relacionadas ao bom senso, como atividades físicas, trabalho, lazer e descanso.

Como a Farmácia da Manipulação pode te ajudar?

Além de manipular os medicamentos previamente prescritos pelo médico, pessoas que sofrem com o transtorno bipolar também podem aliar o tratamento medicamentoso e psicoterapêutico ao uso essências que ajudam a equilibrar os sentimentos.

  • Para  equilibrar os estados de depressivos e de mania: capim Limão, Cipreste e Gerânio
  • Para crises depressivas: Lavanda,Canela, Alecrim, Bergamota, Laranja Doce e Hortelã Pimenta.
  • Fase de mania: Ylang Ylang, Lavanda e Vetiver.
  • Quando se está com muita raiva ou alterado: Olíbano, Limão e Rosa.
  • Com medo: Lavanda, Manjerona,Cipreste e Ylang Ylang.

Mas atenção, óleos essenciais devem ser usados com cautela, sempre diluídos em água ou no rechout.