Pacientes com deficiência grave têm duas vezes mais chances de sofrer complicações graves, incluindo morte

O que é a vitamina D?

A vitamina D (colecalciferol) é uma substância que está envolvida em diversos processos metabólicos. Ela é sintetizada pelo organismo, dando início na pele quando exposta ao sol e é finalizada nos rins, sendo um processo constituído de diversas etapas, envolvendo a ação de algumas enzimas e hormônios mas pode ser obtida a partir da dieta e da suplementação.

Formas nutricionais de vitamina D

Existem duas formas nutricionais da Vitamina D: o colecalciferol (D3), uma substância de origem animal e é a forma mais importante quanto as funções biológicas e nutricionais e o ergocalciferol (D2), substância de origem vegetal, sendo a forma mais importante quanto as funções terapêuticas.

Das fontes naturais ricas em vitamina D3, pode-se citar os óleos de fígado de peixes como bacalhau e atum, fígado de mamíferos, ovos e produtos lácteos e a vitamina D2 pode ser encontrada em plantas e em cogumelos que podem apresentar um teor entre 30 a 100 μg de vitamina D2 por 100 g de produto.

Quando um macrófago ou monócito é estimulado por um agente infecioso através do seu receptor, o sinal gerado regula de forma positiva o receptor de vitamina D e a enzima 25(OH)D 1α-hidroxilase (1-OHase).

Se verificam níveis séricos de 25(OH)D na ordem dos 30 ng/mL ou superiores, esta fornece um substrato suficiente para a atuação da 1-OHase, permitindo a conversão 25 (OH)D em 1,25(OH)2D. E esta forma ativa da vitamina D, quando presente no núcleo, conduz a um aumento da expressão de um péptido que é capaz de promover a imunidade inata e induzir a destruição de agentes infeciosos.

Além disso a 1,25(OH)2D produzida pelos monócitos ou macrófagos pode atuar a nível local, mais precisamente ao nível de linfócitos T ativados ou linfócitos B onde regula síntese de citocinas e de imunoglobulinas, respetivamente

Entenda como a deficiência de vitamina D pode estar afetando pacientes com COVID-19

Um novo estudo realizado na Universidade Northwestern concluiu que, quanto mais baixos os níveis de vitamina D no sistema do paciente, mais graves serão as complicações e sintomas desenvolvidos, sendo que os pacientes de países com alta taxa de mortalidade como Itália e Espanha, possuíam os níveis de vitamina D muito mais baixo do que pacientes de outras nações.

Os dados utilizados para esse estudo estavam disponíveis publicamente e em uma analise aprofundada foi revelada a correlação entre os níveis de vitamina D e a tempestade de citocinas (uma forma de hiper-inflamação devido à superativação do sistema imunológico). Essa tempestade de citocinas causa danos severos aos pulmões levando à síndrome aguda respiratória e até mesmo à morte da maioria dos pacientes com COVID-19.

 

Sugestões

Colecalciferol ………………………… 400 UI

Veículo oleoso sublingual qsp ….. 1 gota

 

Colecalciferol ………………………… 50000 UI

Veículo suspensor qsp  …………………. 1 ml

 

Colecalciferol …………………. 400 a 5000 UI

Excipiente qsp ……………………… 1 cápsula

 

Referências

PINHEIRO, T. M. M. A Importância Clínica da Vitamina D. Faculdade de Ciências da Saúde, Universidade Fernando Pessoa, 2015.

Northwestern University. “Vitamin D levels appear to play role in COVID-19 mortality rates: Patients with severe deficiency are twice as likely to experience major complications.” ScienceDaily. ScienceDaily, 7 May 2020.

Garcia, M.T.C. et al. (1998). Monografias farmacêuticas. Colegio Oficial de Farmaceuticos de La Provincia de Alicante.