Se em 1970, um dos maiores problemas de saúde enfrentados pelas crianças brasileiras era a desnutrição, hoje, quase 50 anos depois, o maior problema é a obesidade infantil.

Veja que, na faixa de idade de 5 a 9 anos, tanto meninos quanto meninas apresentam um aumento de peso de 33%, e uma parcela de 15% dessas crianças são obesas. Nesse ritmo, a estimativa é que a obesidade infantil atinja 11,3 milhões em 2025.

Esse problema de saúde pública só ressalta a importância de medidas imediatas como, por exemplo, atenção redobrada na escolha de alimentos mais saudáveis que oferecemos para nossas crianças. Por isso, no artigo de hoje, vamos falar um pouco sobre nutrição infantil.

Quando a criança começa a formar o seu paladar?

Poucas mamães sabem, mas o período de formação do paladar das crianças começa ainda no útero e se estende até os dois anos de idade. Ou seja, se a gestante garantir uma alimentação saudável e balanceada durante a gravidez, é provável que a criança desenvolva hábitos saudáveis.

Paladar da criança durante o período de gestação

Pesquisas indicam que a partir da 14ª semana de gestação o feto passa a distinguir o gosto de doce, salgado, amargo e ácido através do líquido amniótico. Por isso, muitos médicos reforçam a importância da alimentação das futuras mamães.

Ou seja, uma dieta rica em nutrientes contribui não só para a saúde da mãe e do feto, como também ajuda na formação de um paladar saudável para a criança.

Paladar da criança dos seis meses até os dois anos de idade

Nessa fase as mães começam a introduzir novos alimentos na dieta do bebê. É importante que não sejam oferecidos sal ou açúcar em excesso para os pequenos. Isso porque, durante esse período elas são facilmente conquistadas por esses sabores.

Cuidando da alimentação da criança na pré-escola

Quando entra na pré-escola, a criança passa a conviver com mais pessoas; professores, funcionários e amiguinhos. E, invariavelmente, esse convívio vai influenciar o seu comportamento. Então não se assuste se uma criança que até então aceitava frutas e legumes, passe a fazer careta para esses alimentos.

Isso acontece por que, entre outros comportamentos, eles veem o amiguinho recusando e fazem o mesmo; veem um menino mais velho comendo salgadinho de pacote e querem imitar.

Outro ponto que devemos levar em consideração é que, nessa etapa algumas crianças começam a desenvolver rejeição por alimentos novos. Tudo muito relacionado ao medo do desconhecido, tão comum a esta idade. Fique atento aos sinais e não confunda este comportamento com a falta de apetite!

Normalmente, a criança se sente mais confortável comendo os mesmos alimentos que seus pais comem. Ou seja, se você adotar bons hábitos alimentares, as chances de seus filhos lhe imitarem são altas.

Ensinando o seu filho a comer de forma saudável

Para muitos pais a hora da alimentação é uma das mais difíceis da rotina da criança. Mas, com algumas alterações comportamentais da família, essa tarefa fica muito mais fácil do que se imagina. Separamos aqui, 3 dicas que vão ajudar você a ensinar o seu filho a comer de forma mais saudável.

1) Façam as refeições sentados à mesa

O momento da refeição deve ser um momento de prazer e relaxamento para a criança e toda a família. Além de proporcionar momentos de interação entre os familiares, também cria na criança o hábito de ter uma hora e um local específico para realizar as suas refeições.

2) Nada de assistir a TV ou mexer no celular durante a refeição!

Seu filho precisa se concentrar no que está comendo para saborear melhor os alimentos e para digerir melhor os alimentos. Além disso, estudos apontam que, se comemos assistindo televisão,  por exemplo, não temos consciência das quantidades que ingerimos, por isso corremos o risco de comer mais.

3) Experimentar novos alimentos

Experimentar comidas novas é sempre bom! Fazer disso um hábito amplia nosso repertório e evita aquele “não gosto” sem nunca ter comido. Transforme a descoberta destes alimentos novos em um jogo e torne a experiência mais divertida para o seu filho.

O lanche escolar ideal para o seu filho

O lanche escolar é uma refeição intermediária, ou seja, é realizada entre as refeições principais. E sua função é garantir que a criança tenha energia suficiente para brincar, se exercitar e aprender durante esse período.

O ideal é que essa refeição seja composta por 1 porção de carboidratos, para fornecer energia; 1 porção de lácteos ricos em proteína; 1 porção de frutas ou legumes responsáveis pelas vitaminas, fibras e minerais; e suco e água, para garantir a hidratação.

Alimentação Infantil

Meu filho quer levar junk food para a escola, o que eu faço?

Os chamados junk foods são alimentos com alto teor calórico, mas com níveis reduzidos de nutrientes. É normal que as crianças queiram optar por esses alimentos, escolhendo doces, salgados e frituras para o lanche em vez de refeições mais nutritivas. Não precisa proibir as guloseimas. Basta saber equilibrar o consumo deixando um dia da semana para esse tipo de alimento, por exemplo.

Como a farmácia de manipulação pode te ajudar?

Na obesidade infantil, a perda de peso, o aumento da atividade física e a melhoria dos hábitos alimentares, são os tratamentos de escolha. Sempre com acompanhamento do endocrinologista pediátrico e/ou nutricionista.

No entanto, existem nutracêuticos que podem complementar a Nutrição Infantil e auxiliar na reposição dos nutrientes. Há estudos que comprovam que os ácidos graxos poli-insaturados, como o Omega-3 e Omega-6, melhoram a sensibilidade à insulina e têm propriedades anti-inflamatórias. Também é possível preparar shakes, sucos ou gomas à base de Psyllium, uma fibra que auxilia na diminuição da absorção de açucares. Nos casos em que há falta de vitaminas ou necessidade de suplementação proteica, a farmácia pode ajudar muito. Até na adesão, utilizando formas farmacêuticas mais atrativas para crianças.

A orientação profissional e mudanças nos hábitos alimentares da família são sempre a melhor opção!

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