Apesar de soar como preocupante, ser diagnosticado(a) com pré-diabetes é uma oportunidade para buscar acompanhamento e tratamento adequado, porém, o mais importante é seguir as orientações de seu médico e ter tranquilidade.

De acordo com dados disponíveis no Atlas do Diabetes da Federação Internacional de Diabetes (IDF), o Brasil é o 5º país em termos de incidência de diabetes no mundo, com 16,8 milhões de doentes adultos (20 a 79 anos). A estimativa da incidência da doença em 2030 chega a 21,5 milhões.

Assim sendo, entender mais sobre o pré-diabetes permite ficar mais atento aos sintomas, adotar um novo estilo de vida e evitar o avanço da doença para o Diabetes Tipo 2.

Nesse contexto, no texto de hoje do Informe Saúde, abordaremos os seguintes tópicos:

  • O que é pré-diabetes?
  • Quais são os sintomas da pré-diabetes?
  • Fatores de risco para pré-diabetes
  • Pré-diabetes tem cura?
  • Tratamentos para pré-diabetes
  • Como a Farmácia de Manipulação pode te ajudar?

O que é o pré-diabetes?

Segundo a Biblioteca Virtual de Saúde, o pré-diabetes é caracterizado quando os níveis de glicose no sangue estão mais altos do que o normal, mas ainda não estão elevados o suficiente para caracterizar Diabetes Tipo 2.

Os critérios diagnósticos para pré-diabetes são os seguintes:

  • glicemia de jejum de 100 a 125mg/dl;
  • glicemia em teste oral de tolerância à glicose (2 horas após 75g) de 140 a 199 mg/dl;
  • hemoglobina A1C de 5,7% a 6,4%.

Vale destacar que a presença de um ou mais destes fatores confirma que o paciente é pré-diabético.

Ao mesmo tempo, o quadro é um importante alerta do seu corpo por ser a única etapa do diabetes que ainda pode ser revertida.

Desse modo, é possível prevenir a evolução da doença e o aparecimento de complicações como problemas cardíacos, por exemplo.

Assim, comer alimentos saudáveis, incluir práticas de autocuidado na sua rotina e manter um peso saudável são passos fundamentais para normalizar o nível de açúcar no sangue e prevenir o pré-diabetes.

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O que causa pré-diabetes?

Hábitos poucos saudáveis, como o sedentarismo e o consumo de alimentos ultraprocessados, são os principais fatores de risco da pré-diabetes.

Hábitos poucos saudáveis, como o sedentarismo e o consumo de alimentos ultraprocessados, são os principais fatores de risco da pré-diabetes.

Apesar de ser possível reverter o quadro, a causa do pré-diabetes funciona como nos casos de Diabetes Tipo 2.

Em outras palavras, as células têm uma deficiência para responder à insulina e converter o açúcar para o corpo utilizar como energia. Essa dificuldade de reconhecimento é chamada de “resistência insulínica”.

Consequentemente, o pâncreas produz mais insulina e mantém os níveis de açúcar no sangue normais.

No entanto, o órgão não consegue sustentar a produção e a glicose extra permanece no sangue em vez de entrar nas células.

Conforme citamos anteriormente, os níveis de glicemia um pouco mais elevados podem indicar a pré-diabetes, que sem tratamento resulta na diabetes tipo 2.

Quais são os sintomas da pré-diabetes?

A princípio, o pré-diabetes pode perdurar durante anos sem apresentar quaisquer sintomas.

Entretanto, um dos sinais mais comuns da doença com o Diabetes é o desenvolvimento da acantose nigricans.

Em suma, o distúrbio de pele é ocasionado pela falta de insulina e deixa a pele escurecida nas axilas, no pescoço, na virilha e em outras regiões de dobra.

Por isso, é importante visitar o médico constantemente e em caso de dúvida, solicitar o exame de glicemia e solicitar mais orientações.

Assim como a acantose nigricans, outros sinais e sintomas podem simbolizar um alerta de evolução do quadro. São eles:

  • Mais sede do que o normal;
  • Aumento da fome;
  • Cansaço;
  • Visão embaçada;
  • Feridas de cicatrização lenta;
  • Micção frequente.

O último sintoma é considerado um sinal clássico de alerta para a diabetes. Isso porque, o excesso de açúcar no sangue faz com que o corpo produza mais urina para eliminar a glicose.

Desse modo, o quadro aumenta a probabilidade de desidratação, aumentando a fome e sede.

Fatores de risco e sinais de alerta do pré-diabetes

O risco de desenvolver pré-diabetes é maior nos seguintes casos:

  • Idade – embora o diabetes possa se desenvolver em qualquer idade, o risco de pré-diabetes aumenta após os 45 anos. ;
  • Parentes com diabetes – o risco de desenvolver o quadro aumenta se você tiver parentes próximos com diabetes tipo 2;
  • estar acima do peso e com acúmulo de gordura no abdômen – a maior quantidade de tecido adiposo, principalmente na região do abdômen, pode tornar as células mais resistentes à insulina;
  • hábitos sedentários – a atividade física ajuda no controle do peso e consome açúcar para gerar energia. Dessa forma, quanto menos ativo, maior o risco de pré-diabetes;
  • Síndrome do Ovário Policístico (SOP) – mulheres com essa condição comum têm maior risco de pré-diabetes;
  • fumar tabaco – o hábito de fumar pode aumentar a resistência à insulina; (veja aqui dicas para quem quer parar de fumar)
  • pressão alta, mesmo controlada com medicamentos;
  • níveis baixos de colesterol HDL e/ou triglicérides elevados;
  • diabetes durante a gravidez.

Pré-diabetes tem cura?

Sim! De maneira geral, o tratamento do pré-diabetes também pode ser visto como a prevenção do diabetes tipo 2.

Em outras palavras, o médico vai sugerir uma mudança no seu estilo de vida, com foco especial em uma alimentação saudável e prática de atividades físicas.

Entretanto, dependendo de quão alto está o açúcar no sangue, o profissional de saúde pode prescrever um medicamento ou uma combinação para regular sua glicose em um nível saudável.

Tratamentos para pré-diabetes

Acima de tudo, manter hábitos saudáveis é o principal tratamento para o pré-diabetes e prevenção do diabetes tipo 2. Esses incluem:

Alimentação

Ao contrário da opinião popular, uma dieta de pré-diabetes não significa eliminar todos os alimentos que você adora.

Porém, uma pessoa com pré-diabetes não deve comer carboidratos processados ​​com alto teor de açúcar, mas sim obter carboidratos de grãos inteiros, frutas, legumes e vegetais ricos em amido.

Além disso, ingerir 25-30 gramas de fibra todos os dias, como aveia e linhaça, retardam a absorção de glicose e o mantém satisfeito por mais tempo.

Quer saber mais sobre dicas alimentares? Assista a gravação da live que realizamos com a nutricionista Dra. Elisangela Marques.

Estilo de vida

As atividades físicas oferecem diversos benefícios para o nosso corpo e são uma ótima maneira de reverter o pré-diabetes.

Em primeiro lugar, uma rotina de exercícios pode ajudá-lo a perder os quilos que aumentam o risco de pré-diabetes sem fazer dieta restritiva.

Além disso, quando você se exercita, seu corpo usa mais glicose, o que ajuda a eliminá-la da corrente sanguínea.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda que adultos façam atividade física moderada a vigorosa de 150 a 300 minutos por semana, incluindo quem vive com doenças crônicas ou incapacidade, e uma média de 60 minutos por dia para crianças e adolescentes.

Medicações

Na maioria dos casos, as mudanças na alimentação e na rotina de exercícios costumam ser suficientes para controlar os níveis de glicose.

Dessa forma, os médicos não precisam indicar medicamentos para a prevenção do diabetes. Porém, é importante sempre consultar seu médico.

Contudo, a terapia medicamentosa no caso de pré-diabetes é útil em pacientes com alto risco e que não conseguem praticar as mudanças necessárias em seu estilo de vida.

No entanto, antes de tomar qualquer medicamento, procure o profissional especialista para realizar o diagnóstico completo e indicar o tratamento adequado.

Como a Farmácia de Manipulação pode te ajudar?

Sempre sob a orientação de um profissional de saúde, a farmácia de manipulação pode auxiliar você no preparo de uma fórmula personalizada, levando em conta as necessidades individuais do seu organismo.

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